A História do Condomínio Europa Palace Hotel – Condomínio Vanguarda Ipiranga

Até meados de 2012 era impossível passar pela Avenida Ipiranga, na República, e não notar um enorme edifício, que um dia foi um hotel, em situação de completo abandono. A foto abaixo, de 2010, mostra como estava terrível.

O local, que por décadas abrigou o Europa Palace Hotel estava em péssimo estado de conservação. Seu último inquilino havia sido um bingo que funcionou no piso térreo e no mezanino até alguns anos atrás, quando a atividade foi proibida.

A construção possui 13 andares e suas paredes tornaram-se uma enorme lousa para vandalismo. Os aparelhos de ar condicionado foram todos removidos há tempos e todas as portas que dão para as sacadas e as janelas encontram-se abertas. Com isso, toda poluição de uma das mais movimentadas avenidas de São Paulo contribui para uma deterioração ainda mais rápida do edifício, não só por fora mas também em seu interior.

Depois de anos no ostracismo, o prédio abandonado foi adquirido pela construtora HM Engenharia, do Grupo Camargo Corrêa, e recebeu um processo de reforma, no padrão retrofit. Os quartos de hotel foram transformados em apartamentos de 1 e 2 dormitórios. Depois da conclusão das obras, o que se vê hoje é uma fachada recuperada e bem diferente daquela do passado, que estava totalmente degradada.

As unidades do Vanguard Ipiranga, antigo Europa Palace Hotel, na esquina da avenida Ipiranga com a São João (República), foram vendidas a R$ 7.250/m².

O projeto da HM Engenharia foi realizado a partir de um convênio com a COHAB-SP e a prefeitura, originando o primeiro retrofit contemplado pelo programa Minha Casa Minha Vida de São Paulo.

“Tivemos que converter um hotel em uma casa. O cliente deveria ter a possibilidade de lavar, passar, cozinhar etc.”, explica diz Sylvia Bianco, diretora da HM Engenharia.

O térreo foi modificado, ganhando áreas de convívio como salão de festas, academia, lavanderia e brinquedoteca.

 

“A única desvantagem do retrofit na área central é que nem sempre é possível criar garagem”, diz Bianco.

Projetos de retrofit têm sido beneficiados por um decreto da prefeitura que determinou, em 2014, a aplicação de IPTU progressivo em prédios desocupados no centro da capital. A medida forçou proprietários a diminuir o preço do metro quadrado para vender mais rápido.

Staszewski cita outro atrativo da região que descomplica a aquisição de imóveis pelas incorporadoras: muitos prédios têm um único dono, o que facilita tanto a negociação quanto a regularização.

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