A História do Condomínio Condomínio: Edifício Albertina, Cícero Prado e Cecília

Avenida Rio Branco, 1661, São Paulo 

Ano da construção: 1954

Arquiteto: Gregori Warchavchik (1896-1972)

O Condomínio Edifícios Albertina, Cícero Prado e Cecília –conhecido como Cícero Prado– foi erguido em 1954 nos Campos Elíseos, região central de São Paulo. O projeto é do arquiteto ucraniano naturalizado brasileiro Gregori Warchavchik, introdutor da arquitetura moderna no Brasil.

Quem passa pela avenida Rio Branco nota a imponência do edifício, fruto do período mais comercial da carreira de Warchavchik, em que projetou fábricas, sinagogas e clubes, como o Pinheiros. “Não tem o desenho limpo do modernismo. 

O traçado escultural das sacadas remete ao expressionismo alemão”, observa Joana Mello, professora de história da arquitetura da Escola da Cidade. Encomenda da Companhia Agrícola Cícero Prado, há 50 anos se mantém impecável. 

Dividido em três blocos de dois apartamentos por andar, tem plantas funcionais. Das unidades de 160 m2 e dois dormitórios, nem todas possuem garagem. “Os apartamentos de hoje são menores e mais compartimentados. 

O mercado imobiliário atual não supera esses prédios em generosidade de espaço e qualidade de construção”, diz Joana. A forma de U garante que o sol da manhã banhe as fachadas da frente. Dos terraços, avista-se o jardim suspenso sobre a laje da agência bancária ali instalada. “Parece que vivo em uma casa bem ventilada, com o jardim ao alcance”, elogia Eliana Castro, moradora do primeiro andar há 35 anos.

O arquiteto Wharchavchik projetou e construiu o edifício na avenida Rio Branco 25 anos depois de inaugurar a sua famosa Casa Modernista, na Vila Mariana. O arquiteto judeu russo naturalizado brasileiro, tinha acabado de criar sua própria construtora, em 1953, após décadas de percalços da arquitetura moderna por aqui. Venceu concursos, que jamais saíram do papel; a clientela pedia o que já conhecia, olhando sempre pelo retrovisor, atrás de adornos de épocas e geografias distantes. E os minguados honorários pelos projetos lhe ensinaram que o melhor, mesmo, era construir.

Este primeiro edifício da construtora, com 1 andares e em formato de U, um marco em Campos Elíseos, assistiu a decadência da área de seus espaçosos terraços. A promissora vizinhança decaiu na década seguinte. Em 1965, o governo estadual trocou sua sede no vizinho Palácio dos Campos Elíseos para o cavernoso Palácio dos Bandeirantes, no Morumbi. Dezenas de repartições e milhares de funcionários públicos deixaram o bairro.

A uma quadra dele, em 1969, foi inaugurado um viaduto ligando a Av. Rio Branco a Av. Rudge. Alí, o Moinho Central, vivia seu longo declínio. No início dos anos 1990, a favela do Moinho surgiu. Nos últimos anos , vários novos prédios da seguradora Porto Seguro apareceram para fazer companhia ao Cícero Prado, enquanto prometidos projetos de requalificação do poder público não deram o ar da graça. 

Fonte: www1.folha.uol.com.br / https://casa.abril.com.br

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