De acordo com matéria no jornal Zero Hora de Porto Alegre no fim de março, vizinhos de condomínios da capital gaúcha se unem para enfrentar a pandemia
Em dias de confinamento, o conceito de vizinhança ganhou ainda mais importância. Longe da convivência com familiares, condôminos têm se organizado para encontrar soluções durante a quarentena. Vale até conversar pela janela
Quase inoperante, o grupo de WhatsApp do Condomínio Jacuí, no bairro Santana, em Porto Alegre, costumava reunir apenas cinco moradores para discutirem as obras no prédio de 15 apartamentos. Tudo mudou no início deste mês, a partir do anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) de pandemia de coronavírus. Hoje, 11 moradores participam ativamente do grupo de WhatsApp, se comprometem a informar os que não estão na lista e até o nome do grupo passou de Condomínio/Telhado para Condomínio Jacuí.
O grupo de WhatsApp está mais organizado, mais unido. Parece uma família. A empatia cresceu depois do isolamento — atesta o síndico do edifício Christopher Moraes, da Diferencial Síndicos.
Entre as decisões tomadas em conjunto, os vizinhos decidiram na semana passada dispensar a auxiliar de serviços gerais, que continuará recebendo o salário durante a quarentena. Neste período, duas moradoras se revezarão na função duas vezes por semana.
Uma delas é a turismóloga Mariane Schmidt, 47 anos. Durante duas horas, ela limpa as portas e os botões do elevador nos quatro andares, passa álcool no corrimão e maçanetas e alvejante nos corredores e escadarias. Na ânsia de ajudar ainda mais os vizinhos, ela reuniu telefones de todos os tipos de delivery e os repassou no grupo para quem não pode sair de casa. Outros moradores se ofereceram para auxiliar os mais idosos nas compras semanais.
“Em aulas da Academia mencionamos sempre a importância do WhatsApp.Esta ferramenta quando bem utilizada, e por demais importante e pode até salvar vidas! Acredite, capacite-se a trabalhar com ela, a tecnologia cada vez mais de ponta, não tem volta!”
